terça-feira, 24 de março de 2009

Náuseas...
O coração parece que ia saltar pela boca... seca... minha boca ficou completamente seca. Tremia toda por dentro...
Impossível articular exatamente o que se passava pela minha cabeça. Uma tsunami invadia minhas emoções.
Impossível prever como reagir quando acontece algo que não se espera.
E depois da tormenta, ainda me encontro à deriva... sem entender exatamente o que e como as coisas aconteceram. Será mesmo que tive minha parcela de contribuição. O que mais aconteceu... ainda que não visse, mesmo estando lá todo tempo.
Ainda dói... muito...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Alice,
Minha calça 46 e eu saímos juntas hoje pela primeira vez. Ela embrulhada numa sorridente sacola cor de abóbora. Eu, numa aura de felicidade por ter finalmente encontrado algo que me sirva.
Passeamos novamente mais tarde. Tomei um banho caprichado... Sabonete líquido, xampu com essência de perfume francês... Tudo pela satisfação de estrear prematuramente minha primeira calça 46.
E com toda felicidade que esse momento provocou, posso dizer que o clima infinitamente mais ameno e a resma de boas notícias contribuíram sensivelmente com o meu bom humor.
A meu respeito... preciso deixar de ser tão severa e tão constante nos meus julgamentos... Ver as coisas e não enxergá-las. Sem análises, sem envolvimento.
Sono, querida.
Vontade gêmea de ficar e não pensar em nada, sabe???
Good Night and Nice Dreams.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Querida Alice,

Tem feito um calor vesuviano por aqui. Sob o sol quente e seco, pus sapatos e almofadas no quintal... fiquei por lá um tempo também, mais de uma hora, acho. Era meio dia, queria acabar com o que está mofado em mim. Parece que funcionou.
Gosto do cheiro de roupas secas ao sol... quaradas... ou simplesmente aquecidas sob os raios de Helius.
Também gosto das almas que por vezes passam um tempo sob o sol... Do mesmo modo que as roupas, quando secas ou mesmo aquecidas, perdem o cheiro de guardadas... de mofo. Ainda vivo na serra, e sei como as almas mofam quando o tempo fica nublado por muitos dias. Aconteceu comigo algumas vezes, por isso aprendi a superar, ou melhor, iluminar as coisas.
Minha alma, meus pensamentos, minhas emoções, minha conduta.
Hoje pela manhã, cheirei meu travesseiro de um modo diferente... por causa do meu suor... não do modo como faço compulsivamente com todos os vidros de xampú, cremes, perfumes que me veem à frente. Foi um cheiro adjacente, sem intenção direta, e que me trouxe um punhado de lembranças gostosas... inclusive do tempo em que minha avó quarava as roupas sobre as pedras que ficavam às margens do rio, próximo à casa onde morávamos... na roça.
Fico por aqui... um moço gostoso, cheiroso, jovial e másculo ocupa minhas vistas, meus ouvidos e meu pensamento.
Beijos com cheiro de sol.