domingo, 1 de junho de 2014

Big boys don't cry

Ela passou por tanta coisa enquanto ele olhava pro próprio umbigo.
Escreveu e reescreveu a própria história buscando apoio aqui e ali... se apoiando em um e outro, quando sabia que seu maior apoio estava tão ocupado consigo mesmo que nunca cogitou estender a mão...
E depois que tudo se acalmou, ela pode baixar as velas e deixar o barco de sua vida navegar tranquilamente... depois de tantas tempestades e tantas turbulências, finalmente ficar um tempo à deriva... ao sabor do tempo...
E tudo o que ela quer... precisa... exige... É que seja libertário... que não aprisione. Pois se não pode olhar ao redor e oferecer apoio quando foi preciso... Se não soube enxergar o quanto foi necessário, hoje, não tem direito de se entristecer, ou enraivecer se ouve sobre novos caminhos...
Permitiu que ela aprendesse e aceitasse que caminhar sozinha não é tão difícil... e por mais que talvez fosse seu maior e melhor ponto de partida e chegada... Sempre haverá outros pontos... outros portos... outras partidas... outras chegadas... Novas estradas.
E talvez aceitar isso seja somente uma questão de entender que quem fez as escolhas deve arcar com as consequências... "quem elegeu a busca não pode recusar a travessia" (Guimarães Rosa)